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O DNA circulante tumoral (ctDNA) tem sido proposto como um biomarcador prognóstico em doentes com cancro. Um estudo em doentes com CCR veio agora demonstrar que este marcador pode ser ºutil para distinguir os doentes que podem ou não beneficiar de quimioterapia adjuvante. O GALAXY é um braço observacional do estudo CIRCULATE-Japan que visa esclarecer de que forma a monitorização DNA tumoral circulante (ctDNA) após cirurgia colo-rectal afeta os resultados dos doentes, nomeadamente no que diz respeito à necessidade de quimioterapia adjuvante. Neste estudo, um total de 1.039 pacientes com CCR ressecável estágio II–IV foram monitorizados de forma prospetiva utilizando o teste de doença residual molecular Signaterapara ctDNA. O desfecho primário do estudo foi a sobrevida livre de doença (SLD). Entre os doentes que eram positivos para ctDNA 4 semanas após a cirurgia, 61,4% apresentaram recorrência (DFS de 18 meses 38,4%), em comparação com 9,5% dos pacientes negativos para ctDNA (SLD de 18 meses 90,5%). Numa análise multivariada a positividade do ctDNA 4 S após a cirurgia foi o fator de risco mais forte para recorrência do CCR. Assim, este estudo contribui para aumentar a evidência de que o status pós-operatório do ctDNA de pacientes com CCR pode ajudar a orientar as decisões de terapia adjuvante e pode vir a modificar o paradigma.