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De facto, a saúde mental tem um impacto profundo na DII, onde o stress psicológico está associado à exacerbação das crises da doença. Um estudo recente publicado na revista Cell descobriu um papel crítico do sistema nervoso entérico (SNE) na mediação do efeito agravante do stress crónico sobre a inflamação intestinal. Os investigadores verificaram que níveis cronicamente elevados de gluco corticoides endógenos(devido a situações de stress) conduzem à geração de um conjunto inflamatório de células gliaisentéricas que promovem inflamação mediada por monócitos e TNF através do CSF1 (ColonyStimulating Factor 1).O CSF1 é uma proteína expressa pelas células epiteliais intestinais que desempenha um papel importante na regulação dos macrófagos residentes, na manutenção da homeostase epitelial e na resistência a infecções. Adicionalmente, os glucocorticoides causa mimaturidade transcriptional nos neurónios entéricos, deficiência de acetilcolina e dismotilidade através do TGF-β2. Esta conexão entre o estado psicológico, a inflamação intestinal e a dismotilidade foi verificada em três coortes de pacientes com DII. Este estudo oferece uma explicação mecanística para o impacto do sistema nervoso central na inflamação periférica e define o sistema nervoso entérico como um intermediário entre o stress psicológico e a inflamação intestinal. Além disso, este estudo sugere que estratégias para gestão do stress e aumento de resiliência, poderiam ser um componente valioso na gestão de doentes com DII, potencialmente melhorando a eficácia dos tratamentos atuais. Em suma, este estudo não só esclarece os mecanismos subjacentes à associação entre stresse DII, mas também abre novas possibilidades para abordagens terapêuticas que considerem tanto o aspeto físico quanto o psicológico da doença. Schneider, K. M.et al.Cell https://doi.org/10.1016/j.cell.2023.05.001(2023)