Pesquisa

Impacto da sedação no cumprimento dos critérios de qualidade para a Endoscopia Digestiva Alta (EDA)

Nuno Almeida, Serviço de Gastrenterologia, ULS de Coimbra, Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra

Autores: Catarina Correia, Nuno Almeida, Raquel Andrade, Mariana Sant’Anna, Cláudia Macedo, David Perdigoto, Carlos Gregório, Pedro Narra Figueiredo

A EDA é fundamental para o diagnóstico e tratamento de diversos problemas do esófago, estômago e duodeno, nomeadamente neoplasias. Com o objetivo de diminuir a variabilidade associada à esta técnica e, assim, diminuir os falsos negativos (não deteção de lesões), as sociedades científicas incentivam o cumprimento de critérios de qualidade, designadamente o tempo de observação da mucosa, a documentação fotográfica de marcos anatómicos fundamentais e a realização de biopsias sempre que tal se justifique.

Contudo, o modo como cada um de nós tolera a EDA é muito variável!

No nosso estudo comparámos dois grupos de doentes: um que foi submetido a EDA com sedação; outro que fez EDA sem qualquer sedação. Verificámos que no grupo de doentes submetidos a sedação foi possível cumprir os critérios de qualidade na grande maioria dos casos, ao contrário do que sucedia no segundo grupo, devido, essencialmente, à intolerância dos doentes. Naturalmente que o grau de satisfação manifestado pelos doentes foi superior no grupo com sedação. Não se registaram mais complicações nas EDA com sedação.

Deste modo, o recurso à sedação deve ser considerado para se poderem cumprir os critérios de qualidade estabelecidos para a EDA, com maior conforto e satisfação para os doentes.

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