Sumário

Sara Vieira Silva, MD e afiliação Equipa Intra-Hospitalar de Suporte de Cuidados Paliativos, Serviço de Medicina, Centro Hospitalar e Universitário de Santo António.

Os doentes com Doença Hepática avançada, mais comumente com cirrose, apresentam-se frequentemente com sintomas associados que comprometem a sua qualidade de vida e uma mortalidade muito elevada. O transplante hepático pode constituir uma oportunidade terapêutica muito significativa, com melhoria da qualidade de vida e da sobrevida, não estando isento de importantes riscos.

O acesso dos doentes com Doença Hepática avançada a Cuidados Paliativos tem mostrado benefícios quer no controlo dos sintomas e na qualidade de vida mas também na menor necessidade de hospitalizações e custos associados. Atualmente, apenas uma minoria de doentes, habitualmente excluídos da possibilidade de transplante, têm acesso a Cuidados Paliativos. O presente estudo confirmou importantes necessidades paliativas no doente com Doença Hepática avançada, quer de sintomas físicos, mas também psicológicos e espirituais. Não se verificou aparente diferença entre doentes com perspectiva ou não de transplante.

De futuro, importará estudar os mecanismos facilitadores de melhor acesso a Cuidados Paliativos ao doente com Doença Hepática avançada, com ou sem perspectiva de transplante, já que estes cuidados são passíveis de coexistirem com a opção de transplante.         

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